Atualmente, a segurança no Centro Histórico é uma questão preocupante que afeta diretamente os comerciantes, consumidores e residentes locais. O roubo de fios de cobre de instalações elétricas em residências e lojas, no coração de Cuiabá, foi discutido em uma reunião no Palácio do Comércio, com a presença do deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), autoridades municipais, representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá) e empresários.
João Batista de Abreu, presidente da Associação Comercial do Centro Histórico, descreveu a situação como insustentável e clamou por ações enérgicas. Ele observou um aumento significativo no número de moradores de rua, o que agrava ainda mais o problema.
Cerca de 1,5 mil pessoas em situação de rua, muitas delas usuárias de drogas, estão envolvidas no roubo de fiação de cobre para vendê-la como sucata. Abreu destacou a necessidade urgente de intervenção, pedindo por mais policiamento noturno e medidas para combater a venda ilegal de drogas.
Botelho expressou sua preocupação com a situação, mencionando a possibilidade de apresentar um projeto de lei para regulamentar o cadastro de vendedores de sucatas, facilitando a fiscalização e combatendo o comércio de produtos furtados. Ele enfatizou a importância de agir rapidamente para evitar que a situação se agrave, comparando-a à cracolândia de São Paulo.
Além dos desafios com pessoas em situação de rua, o Centro de Cuiabá enfrenta problemas com casarões abandonados que estão se deteriorando com o tempo. Botelho defendeu a necessidade de oferecer oportunidades de tratamento médico, psicológico, trabalho e acolhimento espiritual para essas pessoas, envolvendo as igrejas nesse processo.
A reunião contou com a participação de representantes de diversas instituições, incluindo a Defensoria Pública, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Muxirum Cuiabano – Associação Cuiabana de Cultura, a Academia Mato-grossense de Letras, a Secretaria de Segurança Pública, a Secretaria Municipal de Cultura, a Associação Comercial de Cuiabá e o Conselho de Segurança.