Na última quarta-feira (17), o Coren-MT denunciou uma mulher de 36 anos por se passar por enfermeira. A falsa profissional estava trabalhando como enfermeira na cidade de Poxoréu (a 255 km de Cuiabá), utilizando diplomas e registros profissionais falsificados. A Polícia Militar local recebeu a denúncia e acompanhou a fiscalização do Conselho até o local de trabalho da suspeita. Além de atuar como enfermeira, a mulher também dava aulas para estudantes do curso de Técnico de Enfermagem.
Uma denúncia anônima recebida pela Ouvidoria do Coren-MT alertou sobre a possível atuação irregular dessa profissional da saúde. O Conselho iniciou uma investigação por meio de documentos e visitas presenciais. A análise revelou que a pessoa em questão foi contratada como enfermeira pela Prefeitura Municipal de Poxoréu em 2021, mas foi demitida em janeiro de 2024 devido ao término do contrato.
Durante a verificação dos documentos, foram encontrados erros evidentes na Carteira de Identificação Profissional e no diploma da profissional. Entre as irregularidades, destacam-se a cor incorreta da carteira, discrepâncias na grafia do diploma e o uso de um tipo de papel que tentava imitar autenticidade na carteira.
O Coren-MT comunicou o ocorrido à Secretaria Municipal de Saúde de Poxoréu, juntamente com orientações sobre a importância de verificar cuidadosamente os documentos apresentados pelos profissionais contratados. A fiscal Cintia Ribeiro de Paula ressaltou a necessidade de as instituições contratantes verificarem a validade dos registros, utilizando as ferramentas disponíveis, inclusive no site do Conselho Regional de Enfermagem.
No histórico da suspeita, foi observado que, em dezembro do ano anterior, ela compartilhou imagens de uma turma que alegava ter ensinado como professora, mesmo sem ter registro profissional. Além disso, foram encontrados indícios de cursos ministrados por ela na área de administração de injetáveis, realizados em Guiratinga.
Diante das irregularidades identificadas, o Coren comunicou a situação à Polícia Militar, que deve investigar o caso.
