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Brasil condena qualquer ato de violência, diz chanceler sobre Irã

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, expressou a condenação do governo brasileiro a qualquer ato de violência, em referência ao ataque do Irã contra Israel após o bombardeio da embaixada iraniana em Damasco, na Síria.

Vieira afirmou que o Brasil sempre repudia a violência e incentiva o diálogo entre as partes. Ele respondeu a um questionamento de um jornalista sobre o ataque do Irã durante uma coletiva de imprensa, na qual foi abordado sobre a posição do Itamaraty, divulgada no último sábado.

A nota do Itamaraty expressou preocupação com os relatos de envio de drones e mísseis do Irã para Israel e apelou para a contenção máxima de todas as partes envolvidas, convocando a comunidade internacional a agir para evitar uma escalada.

No entanto, a nota recebeu críticas de organizações israelenses no Brasil, como o Instituto Brasil-Israel, que destacaram a falta de firmeza na posição brasileira, contrastando com a postura assertiva da União Europeia e da Organização dos Estados Americanos (OEA). Essas organizações argumentaram que o Brasil não condenou os ataques, não expressou solidariedade às famílias israelenses e deixou margem para dúvidas sobre os eventos ocorridos.

Vieira explicou que, no momento da elaboração da nota, não estava claro o alcance do ataque iraniano contra Israel.

“A nota foi feita à noite, às 11 horas da noite, quando todo o movimento começou. E nós manifestamos o temor de que o início da operação pudesse contaminar outros países. Mas isso foi feito à noite no momento que não tínhamos claro a extensão, ou o alcance, das medidas tomadas e fizemos, como fazemos sempre, um apelo para contenção e entendimento entre as partes”, destacou.

Entenda

O governo do Irã anunciou que realizou um ataque contra Israel no último sábado, baseando-se no direito de autodefesa conforme estipulado no artigo 51 da Carta das Nações Unidas. Essa ação foi uma resposta aos ataques à embaixada iraniana na Síria no início do mês, que resultaram na morte de sete comandantes militares de Teerã.

O ataque iraniano contra Israel recebeu críticas contundentes das potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha, que se posicionaram ao lado do governo de Tel Aviv. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enfatizou que “o apoio à segurança de Israel é inquebrantável”.

Rashmi Singh, professora do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), destaca a importância de contextualizar o ataque. Ela observa que o Irã não tomou essa medida sem motivo, mas como uma retaliação ao bombardeio do consulado em Damasco. Esse bombardeio foi considerado uma violação grave das normas internacionais, pois nenhum país deve atacar os consulados de outro em um território terceiro. Singh conclui que essa ação por parte de Israel foi altamente censurável do ponto de vista das normas internacionais.

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